"O profundo silêncio que se escuta.
Eco de liberdade.
Fios de cabelo no chão.
Quantos cairão até o final do último parágrafo?
Eu celebro o ato de descamar diariamente.
Um pedaço de pele.
Um pedaço de unha.
Um pedaço de palavra. (…)
Os pés dançam sob o abismo velado a espera
diária por uma solução eficaz.
Eu bebo a minha eternidade no café da manhã.
Assopro as certezas para longe.
Peço para que em breve, não haja mais chão.
Nem buracos.
Nem padrões.
O meu tempo deve ser todo consumido.
Me despeço enquanto apago as memórias deixadas.
Intercessões, alegrias, dores, marcas, as cicatrizes e afins.
Até que tudo vire ausência.
E o acaso me transforme em lembrança."
Patricia Del Rey
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