quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Quem dera eu aprendesse


Quem dera eu aprendesse a viver 
cada dia como se fosse o último. 
O último pra esquecer tolices. 
O último para ignorar o que, 
no fim das contas, não tem a 
menor importância. 
O último para rir até o coração dançar. 
O último para chorar toda dor 
que não transbordou e virou 
nódoa no tecido da vida. 
O último para deixar o coração 
aprontar todas as artes que quiser. 
O último para ser útil em toda 
circunstância que me for possível. 
O último para não deixar o tempo escoar 
inutilmente entre os dedos das horas.

Ana Jácomo




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